O Brasil será sede da Copa do Mundo de 2014. Não existe a
possibilidade da FIFA alterar o local de realização do maior evento esportivo
do planeta. Mas sob quais condições o
país sediará esse espetáculo? Os
estádios estarão prontos? O país oferecerá a estrutura necessária sua
realização?
Arena das Dunas, Natal. ( Foto:Tiago Falqueira) |
O panorama atual prevê que a resposta para essas
indagações pode não ser das melhores. Dentre os doze palcos dos jogos mundiais,
o estádio Castelão, em Fortaleza, foi o que iniciou o mês com as obras mais
avançadas, algo em torno de 62%. A Arena Fonte Nova, em Salvador e o Estádio
Nacional Mané Garrincha, em Brasília, vem logo em seguida, com 55% e 54% das
obras concluídas, respectivamente. Com o cronograma de construção ou reforma atrasadas também estão a do Estádio do
Maracanã, do Rio de Janeiro, Arena Pernambuco, de Pernambuco, a Arena São Paulo,
de São Paulo, Arena Amazônia, em Manaus e o Estádio Beira Rio, de Porto Alegre,
todos com menos de 40% das obras concluídas. Mais critica está a situação da Arena
das Dunas, em Natal, com menos de 20% da construção concluída e estimativa de
entrega em dezembro de 2013, sendo que a data limite de entrega dada pela FIFA
seria dezembro de 2012. Com previsão de término dentro do prazo, o Estádio
Mineirão, Belo Horizonte, a Arena da Baixada, Curitiba e a Arena Pantanal,
Cuiabá, estão com os trabalhos bem encaminhados.
As obras na estrutura do entorno dos estádios são outro
problema. Em algumas cidades-sede correm a um ritmo muito lento, enquanto em
outras nem mesmo começaram ou tiveram seus projetos aprovados. Segundo o Orçamento Copa 2014, a estimativa
inicial é de que o governo gaste R$ 8,5 bilhões em infraestrutura, embora o percentual
investido desse montante até agora seja muito baixo.
Além disso, existem as pressões da FIFA, as questões de
saúde pública, segurança, dos aeroportos e o medo de o país não conseguir
realizar a Copa como deve ser. Em meio a isso fica a expectativa de como será a
Copa no Brasil. As atenções irão prevalecer sobre os problemas ou sobre o
espetáculo em si? Promessas e maquetes não faltam, resta saber o quanto elas
valem no fim das contas.
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