quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ensino técnico e conscientização

A educação, hoje, no Rio Grande do Sul, muitas vezes é assunto relacionado a reivindicações, brigas do Estado com professores e vice-versa, entre outros fatores que geram uma grande polêmica. Paralelo a isso, é sempre bom olhar o outro lado e analisar o trabalho que é feito em algumas escolas, onde seus gestores estão preocupados, obviamente, com o seu salário, porém, mais do que isso, fazem do seu trabalho na escola o seu maior compromisso.
Getúlio de Souza Antunes é diretor da Escola Cruzeiro do Sul, de São Luiz Gonzaga, há cinco anos. Diretor de uma instituição que, atualmente, passa por processos de mudança, ele fala a seguir sobre esses processos, abordando também questões como a recente seca que assolou a região das Missões e seus impactos sobre a Escola Cruzeiro.


Getúlio com ração fabricada na Escola
Ensino integrado

A Escola Cruzeiro do Sul se encontra estruturada em regime onde os alunos possuem duas matrículas, uma no ensino médio e outra no técnico - esta segunda é composta de disciplinas relacionadas ao curso de técnico em agropecuária.

“Este ano o Governo implantou o sistema integrado, que diz respeito às escolas que já possuem o ensino técnico, caso da nossa. Hoje esse sistema foi implantado em uma turma de primeiro ano, sendo que continuamos com três turmas de primeiro ano ainda no sistema antigo, bem como os segundos e terceiros anos”, diz o diretor.

“A principal vantagem que se observa pela utilização do sistema integrado se refere ao fato de, neste, o aluno possui somente uma matrícula. Dessa forma, o aluno que procura a escola para cursar o técnico em agropecuária já está decidido a ser um técnico. No sistema anterior, o aluno tinha a opção de seguir somente no médio. Esse fato gerava uma ociosidade do aluno junto a Escola, o qual preferia continuar estudando junto ao educandário. Como a escola só trabalhava com concomitância (duas matrículas), ela se tornava impotente em solicitar o aluno que procurasse uma escola que trabalhasse especificamente com o ensino médio. O integrado trará essa vantagem”, explica Getúlio.

Impacto da seca

Já que a Escola Cruzeiro se assemelha a uma propriedade rural, crises como as provocadas pela recente seca no território das Missões são amplamente sentidas na Instituição, como enfatiza Getúlio: “prejuízos na agricultura e pecuária são palpáveis. Os mesmo são amenizados pela pulverização da produção mantida pela Escola. A diversificação se encontra exemplificada nos fazeres do educandário, o qual não se ocupa de apenas uma atividade. Dessa forma, quando ocorre uma frustração em um setor, esse prejuízo é distribuído junto a outros, porém todos sofrem”.


Conscientização

Segundo Getúlio, este é um dos fatores mais trabalhados na Escola Cruzeiro. Paralelamente, a escola possui alguns exemplos de preservação de mananciais, que dizem respeito à necessidade de um novo olhar sobre os recursos naturais.

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